sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Dono da razão alheia!

Ironia à parte, criar conceitos a quem não tem é um ato até gentil. Melhor que isso é estipular argumentos, explicar com clareza, delongar e revidar contrariações...Prazer, sou o senhor dono da razão!

Obviamente o meio em que se vive, seja familiar, escolar ou profissional é formado por uma vasta variedade de personalidades. Funilando o contexto, em um grupo de pessoas, situando uma conversa, surgem conceitos e ideias. Há sempre aquele que tem uma aversão, é claro, mas de uma forma até racional quer convencer os outros a aceitarem a tese criada por ele (gênero).
Essa reação de elucidar os fatos pode ser uma questão de defesa, mas conta como um ponto negativo em várias situações:

- Acho que você está errado!
-Não, eu não estou, pois segundo o meu conceito isso é isso e acho que você também deveria pensar melhor , concorda?

Sim. Ninguém é obrigado (fazendo uso do óbvio novamente) a concordar com ninguém, mas descartar possibilidades e ter razão em tudo é quase que um distúrbio de racionalismo. Os opostos não se atraem e o que é positivo perde sua carga. A pessoa se auto intitula o dono da razão, tem suas ideias sobre tudo e sob todos e é compulsiva nas explicações...Convenhamos, não é uma JOGADA DE MARKETING. A mentira não existe, é apenas modificada.
"O mais cómico de tudo isso é que no fundo nem mesmo ela se entende"
O controle da ironia é preciso e "quiçá" precioso com esse tipo de personalidade. Persuadir a que ela se convença de realmente está errada ou não tão certa é uma batalha árdua, afinal o seu conceito diante o conceito dela é vil (desprezível).
Enfim, é até admirável conviver com pessoas assim. O ponto de vista dela é sempre apurado e na falta de ideias você sempre poderá recorrer-la, concorda?.. Bom se não concorda, eu não me importo, afinal eu sou o dono da razão alheia!

Fabrício Hundou

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Felicidade?

Eu adoro pessoas mal-humoradas. Você pode até achar isso estranho, mas são as melhores pessoas para se conviver. Pessoas mal-humoradas são interessantes. Pessoas mal-humoradas dizem na tua cara o que elas pensam ou simplesmente não falam contigo.

Pessoas mal-humoradas têm espírito crítico e não sentem a mínima necessidade de agradar. Elas aparentam estar mal-humoradas, mas as coisas estão sempre boas para elas.

Se você pergunta (por educação): Oi, tudo bem? Ao cruzar com alguma delas na rua, ela vai responder que sim, e não vai querer te dar explicações do por que as coisas não estão bem... ao contrário das pessoas efusivas. Essas são verborragicamente insaciáveis. Estão sempre dispostas a prolongar uma conversa (por mais chata que esteja) por cinco, dez, QUINZEE incontáveis minutos.

Eu não me incomodo com pessoas que falam muito, até mesmo por que eu também falo demais. Agora, sabe aquele ser alienígena super-hiper-ultra-mega-diabo-à-quatro feliz bem cedo na fila da padaria, na fila do banco ou então no ônibus lotado e que estão sempre com um sorriso maroto estampado na face, procurando alguém para conversar? São justamente essas que me incomodam.

Exemplo:

P.E: Oi, quantas horas, por favor?

EU: São 06h35min a.m.

P.E: Aí que legal. Pensei que estava atrasado, KKKKK.

(15 segundos de silêncio)

Ain *---* esse fone está ligado? Está ouvindo o quê?

EU: Legião urbana.

P.E: AAAAAAA eu também adoro legião urbana. Que música você está escutando?

EU: Desculpa, é que estou com fone, não da pra ficar te ouvindo.

P.E: Foi mal, é que a gente escuta o mesmo tipo de música... Sei lá, sabe.

Qual seu signo? E seu número da sorte? Gosta de capital inicial? Mora aonde?

EU: Não te interessa. Não te interessa. NÃO TE INTERESSA. E vai se fuder. Eu não te conheço e não quero conversar com você.

P.E: ‘Desculpaaa’, só estava tentando ser simpático. a.a

EU: ¬¬

Tá, eu não respondi/responderia assim, mas ser simpático, feliz ou educado não se trata de ser intrometido. Não tinha dito até agora, mas você já deve ter percebido que estou falando de pessoas efusivas. Pessoas efusivas me dão nos nervos, simples assim.


Rotrez